Sinto o que não perdi.
Sorrio o que não chorei.
Vejo o que já foi sonho.
Te encontro, não te busquei.
A espera cansa muito mais do quê a corrida. Aproveite. Um viva a lei da inércia.
sábado, julho 29, 2006
sexta-feira, julho 07, 2006
terça-feira, maio 02, 2006
Nada de brilhante
Sou uma casa.
Tijolos, madeira, areia
vazio
Escadas, muitas delas
do céu ao porão
sons, cheiros, cores de algodão
doce
É dia
Manhã de outono.
tons se desfazem em folhas
e vento
reinvento.
Nenhum quadro.
Ou foto.
Janelas, muitas delas
paisagens sonolentas
mar, montanhas, desertos
Jardim
Jardins labirínticos e rosas
crianças inventam passagens
pequenos príncipes e alices
sem vulcões ou coelhos
Esqueceram de dar corda no céu
No segundo andar uma moça, só.
Uma moça arruma o seu quarto.
Luz do abajur.
É noite.
Estrelas rasgam sorrisos no céu.
Esse cheiro.
Cheiro.
Perfume de nuvem na pele.
Uma banheira cheia mas, ninguém entende precisar de banheira.
Não para acalmar as entranhas.
Se preenchem em sonhos.
Tijolos, madeira, areia
vazio
Escadas, muitas delas
do céu ao porão
sons, cheiros, cores de algodão
doce
É dia
Manhã de outono.
tons se desfazem em folhas
e vento
reinvento.
Nenhum quadro.
Ou foto.
Janelas, muitas delas
paisagens sonolentas
mar, montanhas, desertos
Jardim
Jardins labirínticos e rosas
crianças inventam passagens
pequenos príncipes e alices
sem vulcões ou coelhos
Esqueceram de dar corda no céu
No segundo andar uma moça, só.
Uma moça arruma o seu quarto.
Luz do abajur.
É noite.
Estrelas rasgam sorrisos no céu.
Esse cheiro.
Cheiro.
Perfume de nuvem na pele.
Uma banheira cheia mas, ninguém entende precisar de banheira.
Não para acalmar as entranhas.
Se preenchem em sonhos.
sexta-feira, abril 28, 2006
Pedras
Vida em refluxo
o fluxo inverso, imenso, imerso.
Mais morte do que vida
Morte
Sorte
Coração batendo do avesso
Bombeia o sangue pra dentro
Enfim, O fim do Começo.
Perdida em palavras d'água
Não sou mar, ou ar.
Nada
O que fazer quando se voa do avesso?
o fluxo inverso, imenso, imerso.
Mais morte do que vida
Morte
Sorte
Coração batendo do avesso
Bombeia o sangue pra dentro
Enfim, O fim do Começo.
Perdida em palavras d'água
Não sou mar, ou ar.
Nada
O que fazer quando se voa do avesso?
domingo, abril 23, 2006
Dormindo entre as pausas
Pergunta lançada ao vento .
Resposta inusitada.
Pegou de surpresa na nuca, e não por onde eu olhava.
Olhando, olhando olhando.
Mas, sempre desacordada.
Saltei do sonho num sopro.
Em uma noite de terra molhada.
terça-feira, abril 18, 2006
sexta-feira, abril 07, 2006
Mais uma vez olho daquele jeito as pessoas a minha volta.
Tanto as que estão sentadas dentro do ônibus que me leva para casa,
como para as outras que caminham vagarosamente
em baixo de um sol escaldante, nas calçadas.
Tenho a impressão de que estão todas mortas, inclusive eu.
Um mundo onde todos já morreram mas, ainda não perceberam.
Caminham lado a lado, com o único fim de tornarem reais as fantasias
de vida uns dos outros.
A cobradora gorda e suada parece especialmente morta.
Putrefata eu diria.
Vigiando a tudo e a todos, com seus olhinhos cerrados,
enquanto minúsculas gotículas de suor se acumulam sobre o lábio superior.
Tenta ver tudo.
Especialmente morta.
Lembro das tripas jogadas no meio da auto pista do aterro do flamengo,
algumas horas antes.
Tripas de verdade, de gente, viva, jogadas alí, dentro de um saco.
Desova provavelmente. Sendo estraçalhadas pelos carros,
pela velocidade dos carros.
Tripas que irônicamente, a primeira vista, poderiam ser folhas secas.
Mas, que exalavam um cheiro fétido que atravessava as janelas e
impregnava qualquer pensamento ou ambiente de uma maneira
que só algo muito vivo pode fazer.
-Cheiro de podre
pois, a morte
cheira a flores.
Todos nós, eu, a cobradora com seu bigode de gotículas, todos os passageiros e o meu amigo Pedro, que vi passar pela janela, nenhum de nós estava tão vivo quanto aquelas tripas e o seu fedor.
Elas não ocupavam o lugar mais adequado.
Definitivamente asfalto não combina com tripas.
Estavam alí trocadas, erradas, vivas.
Olho em volta, começo a pestanejar.
O ronco do motor e o calor de um início de tarde de outono
vão me embalando.
Luto contra. Penso no banho a tomar, na comida a fazer
e no próximo ônibus a tomar.
Desperto. Para seguir a minha vida assim
bem acordada.
Tanto as que estão sentadas dentro do ônibus que me leva para casa,
como para as outras que caminham vagarosamente
em baixo de um sol escaldante, nas calçadas.
Tenho a impressão de que estão todas mortas, inclusive eu.
Um mundo onde todos já morreram mas, ainda não perceberam.
Caminham lado a lado, com o único fim de tornarem reais as fantasias
de vida uns dos outros.
A cobradora gorda e suada parece especialmente morta.
Putrefata eu diria.
Vigiando a tudo e a todos, com seus olhinhos cerrados,
enquanto minúsculas gotículas de suor se acumulam sobre o lábio superior.
Tenta ver tudo.
Especialmente morta.
Lembro das tripas jogadas no meio da auto pista do aterro do flamengo,
algumas horas antes.
Tripas de verdade, de gente, viva, jogadas alí, dentro de um saco.
Desova provavelmente. Sendo estraçalhadas pelos carros,
pela velocidade dos carros.
Tripas que irônicamente, a primeira vista, poderiam ser folhas secas.
Mas, que exalavam um cheiro fétido que atravessava as janelas e
impregnava qualquer pensamento ou ambiente de uma maneira
que só algo muito vivo pode fazer.
-Cheiro de podre
pois, a morte
cheira a flores.
Todos nós, eu, a cobradora com seu bigode de gotículas, todos os passageiros e o meu amigo Pedro, que vi passar pela janela, nenhum de nós estava tão vivo quanto aquelas tripas e o seu fedor.
Elas não ocupavam o lugar mais adequado.
Definitivamente asfalto não combina com tripas.
Estavam alí trocadas, erradas, vivas.
Olho em volta, começo a pestanejar.
O ronco do motor e o calor de um início de tarde de outono
vão me embalando.
Luto contra. Penso no banho a tomar, na comida a fazer
e no próximo ônibus a tomar.
Desperto. Para seguir a minha vida assim
bem acordada.
terça-feira, abril 04, 2006
Em aberto
Sorrisos frios
lágrimas quentes
Lance no espaço Perdi o controle
Não faz mais sentido
Ficou tudo vivo
Fico de pé
equilibrio
Não existe mais chão.
Desconexão
Conexão.
Desconexão
Não existe razão...
lágrimas quentes
Lance no espaço Perdi o controle
Não faz mais sentido
Ficou tudo vivo
Fico de pé
equilibrio
Não existe mais chão.
Desconexão
Conexão.
Desconexão
Não existe razão...
segunda-feira, março 06, 2006
Em busca de um novo tema ou O Umbigo Falante
SÓ FALO DE MIM
SIMPLES ASSIM
SEGURO NI MIM
RIO DE MIM
NÃO É TÃO RUIM
Limitar
E o sentido?
Convicções abaladas. Frustadas . Modificadas . Não. Praticamente Rebocadas.
De água, agora Fogo
De Pedra, agora Lava
Menina Pedra
Menina Lava.
Menino amigo poeta entende
Fora de mim já não sou NADA.
O nada
nada
Cheia de fogo
Ela ainda nada.
Convicções abaladas. Frustadas . Modificadas . Não. Praticamente Rebocadas.
De água, agora Fogo
De Pedra, agora Lava
Menina Pedra
Menina Lava.
Menino amigo poeta entende
Fora de mim já não sou NADA.
O nada
nada
Cheia de fogo
Ela ainda nada.
domingo, fevereiro 05, 2006
Porquesomosaquiloquequisermosser
Era uma vez uma menina que sonhava com Lagartos, riachos e furacões...
Era uma vez uma menina que tinha calos nos dedões...
Era uma vez uma menina que queria ir mais a fundo...
Era uma vez uma menina que buscava achar a porta do seu mundo...
Era uma vez uma menina que fingia falar Francês...
Era uma vez uma menina que falava inglês...
Era uma vez uma menina que queria descobrir a parte da vida que não tem nome...
Era uma vez uma menina que tinha medo de morrer de fome...
Era uma vez uma menina que acreditava no amor...
Era uma vez uma menina que não tinha medo da dor...
Era uma vez uma menina destemida...
Era uma vez uma menina que vivia tendo dor de barriga...
Era uma vez uma menina muito ausente...
Era uma vez uma menina que aprendia a viver o presente...
Era uma vez uma menina que sabia que vida estava sempre por um triz...
Era uma vez uma menina Feliz!
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