terça-feira, maio 24, 2005

PORQUÊ? PORQUÊ? PORQUÊ?

Oi,
Não sei se isso interessa a alguém mas, estou a beira de um ataque de nervos.
Sabe, o ano começou, parecia estar indo tudo bem... Ultimo semestre na faculdade, Ganhando um dinheirinho dando aulas de tecido, fazendo aulinhas na intrépida. Tudo muito divertido e extremamente prazeroso... Até que um belo dia TCHANANANAM aquela imensa culpa que consome os nossos momentos de singelesa e felicidade aparece e trás consigo uma desconcertante angústia. Me vi angustiada por não estar indo para frente na vida (!!?!!), por não estar trabalhando com o que escolhi, por não ter a minha casa...E então no mesmo dia, algumas horas depois, como uma armadilha do destino, acabo caindo meio que totalmente por acaso em um teste para uma peça de Teatro com 30 atores. Uma semana de testes, algumas pessoas conhecidas, tantas outras que viria a conhecer depois, eis que toca o meu telefone:
-Alô Vitória?
-Oi
-Aqui é o Cadu, Tudo bom?
-Tudo!
-Tô ligando para avisar que você passou no teste, os ensaios começam segunda as nove.
- Tá, obrigada. Poxa, te vi ontem no baixo.
-Eu também te vi.
-A tá
-Tá
-Beijo
-Até segunda
-Tchau
-Tchau
Desde então já se passaram dois meses de muito tabalho e, principalmente, muitas dúvidas. Agora, ao contrário de dois meses atrás, já não faço mais aula com o Rê, que não só me era muito importante como eu amava, como mal tenho tempo para ensaiar a peça da faculdade ou para dormir, em todos os surtos de gripe ou conjuntivite que surgem eu sou uma da vítimas, tive cistite duas vezes, tô tensa! Tá, em compensação estou trabalhando em um grupo de quase 30 pessoas onde todas se dão bem e se gostam muitíssimo, tenho trabalhado um tipo de teatro que eu não estou acostumada e tenho a consciência de que o meu Ego está sendo massacrado(pois é, imagina o perrengue). Só que eu estou muuito mal humorada, e não tem um dia que, mesmo faltando apenas 1 mês para a estréia, eu não pense em abandonar o projeto. Tá dificíl, e não consigo entender exatamente porque. Acho que além do grupo em sí a única coisa que me segura é a vontade de finalizar as coisas, lutar contra esse meu desejo destrutivo de abandonar tudo pela metade. Mas sabe, acho que se alguém me perguntar se vale a pena eu respondo que sim.
Vai entender...

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