quinta-feira, dezembro 01, 2005

É pior do que eu imaginava, ou o medo de perder inocência

Hoje eu acordei com o corpo pesado como a muito tempo não sentia. Fui dormir angústiada, triste. É duro encarar certos aspectos tanto da realidade que escolhemos quanto daquela que nos cerca.
Desilusão na vida profissional.
Por um momento acreditei que interessase o talento, o empenho, as idéias. Ningém quer ver além da medíocridade. Te reduzem a uma caixa de chicletes que vende mais pelas cores da embalagem do que pelo sabor- Isso se o gosto de corante artificial de tuti-fruiti ou abacaxi-selvagem de um chiclete pode se chamar sabor. E sabe o que é o pior, ter que ouvir: "Qual é o problema? Se é para ser um chiclete vócê é um ótimo chiclete, imagine eu que só sirvo para torrone!" FODA-SE. Já estou cansada desse mundinho. Não quero fazer parte. Não tem nada a ver com qualquer iniciativa pseudo-revoltada-revolucionária. Eu simplesmente tenho uma completa inaptidão para viver conforme a realidade que me cerca.
Me sinto minimamente corrompida, entretanto. Pode ser um pequeno sinal de adaptação.
É horrível me sentir dona de todos esses sentimentos contraditórios que me habitam. São sentimentos sujos, e são meus.
Notícias difíceis vindas de uma grande amiga.
Não sei nem o que dizer sobre isso. A vida consegue ser muito cruel...

Cadê todo mundo? Acho que as pessoas estão sonhando com cimento e concreto.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito feliz em ver um post seu no meu site, não queria jamais perder o contato com você. Enquanto ao seu texto, a vida é essa merda mesmo. Ou a gente muda tudo ou se acustuma. (é uma escolha)

Tô fazendo a oficina de clown do Marcio Libar, cara, se der faz.

Te cuida muito.
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