segunda-feira, abril 26, 2010

O avesso do avesso

Hoje sonhei que virava um rio.
Foi um sonho acordado, daqueles mais claros que toda lucidez possível.
De quando sonhamos o que somos quando vazamos tudo o que fomos um dia.


Hoje sonhei que era um rio.
E minha água não eram clara nem turva, nem fria ou quente.
Mas, macia... e doce. Como um corpo sem lágrimas.


Hoje sonhei que era rio.
Um rio sem margem. Seguindo o infinito sem ser nunca tocada.


Hoje, sonhei acordada. Sonhei ser um rio, sonhei que era nada.

7 comentários:

No meio do meu caminho disse...

quando sonho com rio, deságuo em palavras e me afogo em profundezas...rio.

Anônimo disse...

Menina linda,

Quando te vejo escrever assim me dá um aperto.
É esse seu coração que é maior do que o mundo.
Saudades dessa delicadeza tão brava...

Mari Lima.

Pat disse...

Somos todos universo...em expansão...;)

Unknown disse...

...Hoje sonhei com a mulher amada;
E sonhei que neste rio ela nadava pelada.
Sonhei que neste rio não tinham peixes, mas ainda assim...
Era o rio com mais vida para mim.
Choro no rio enquanto riem de mim.

;)

Unknown disse...

Não posso deixar de dizer que adoro os comentários daqui. Obrigada.

Jess disse...

Esse sonho, tão vivo.
Claro e fundo feito um rio
Traz-me à sua margem
Onde deságuo em sentidos
Tuas palavras que fluem
flutuam em meus ouvidos.

Vc é mágica!

Beijos

Anônimo disse...

e mais uma vez, nos tornamos nada.